Macapá pode ter ganho anual de R$ 750 por pessoa com expansão do saneamento básico, mostra estudo
16/09/2025
(Foto: Reprodução) Serviços de Saneamento Básico no Amapá avançaram, segundo IBGE
A universalização do saneamento básico na Amazônia Legal pode gerar R$ 330 bilhões em benefícios sociais e econômicos até 2040, segundo estudo do Instituto Trata Brasil, divulgado nesta terça-feira (16). O levantamento mostra que, para cada R$ 1 investido, o retorno estimado é de R$ 5,10 — acima da média nacional.
As capitais com maior potencial de ganhos por habitante são Rio Branco (AC), Porto Velho (RO) e Macapá (AP). No caso de Macapá, o benefício anual por pessoa pode chegar a R$ 750,59, um dos maiores da região.
Entre os principais impactos da expansão do saneamento estão melhorias na saúde pública, geração de empregos, valorização ambiental e imobiliária, avanço na educação e estímulo ao turismo.
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O estudo “Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento na Amazônia Legal” foi lançado pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a consultoria Ex Ante. O objetivo é mostrar como o acesso universal à água tratada e ao esgoto pode melhorar a vida da população, proteger o meio ambiente e fortalecer a economia local.
A Amazônia Legal reúne nove estados, incluindo o Amapá, e tem papel essencial na preservação ambiental e na proteção dos povos tradicionais. Segundo o IBGE, em 2022, a região somava 772 municípios e 26,6 milhões de habitantes — cerca de 13% da população brasileira. A área representa quase 60% do território nacional.
Luana Pretto, presidente executiva do Instituto Trata Brasil, destaca que a universalização do saneamento básico é essencial para conservar a Amazônia, recuperar áreas degradadas e melhorar a vida das populações vulneráveis, gerando impactos positivos para todo o ecossistema brasileiro e garantindo um futuro mais digno e saudável para milhões de pessoas.
“A Amazônia Legal representa um patrimônio natural riquíssimo em biodiversidade, sendo o lar da maior bacia hidrográfica e do maior rio em volume de água do planeta, o que a torna o principal potencial hídrico do mundo. Com a proximidade da COP-30 em Belém (PA), o olhar do mundo se volta ainda mais para a sustentabilidade da região, e a luta para que ela seja conservada e protegida passa diretamente pelo acesso ao saneamento básico”, descreveu a presidente.
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Orla de Macapá
GEA/Divulgação
Cada morador da Amazônia Legal pode se beneficiar em até R$ 12,4 mil com a expansão do saneamento até 2040. Em Macapá, esse valor pode chegar a R$ 14,3 mil por habitante.
A ampliação do saneamento pode gerar R$ 49,8 bilhões em benefícios para a saúde pública, com queda nas internações por doenças ligadas à água contaminada e aumento da produtividade. Na área ambiental, o impacto pode chegar a R$ 33,1 bilhões, com preservação de rios e áreas naturais.
Com mais infraestrutura, os imóveis urbanos podem se valorizar em até R$ 68,9 bilhões. O turismo também pode crescer, com estimativa de R$ 15,6 bilhões em ganhos até 2040.
Na educação, o impacto pode chegar a R$ 31,1 bilhões, com melhor frequência escolar e desempenho de crianças e adolescentes.
A geração de empregos e renda é o maior impacto econômico previsto: R$ 131,4 bilhões até 2040, com vagas diretas e indiretas. O estudo também aponta avanços na justiça social, com redução das desigualdades e melhora na qualidade de vida.
Gráfico com os benefícios econômicos da universalização do saneamento básico em Macapá (AP) até 2040
Instituto Trata Brasil
Macapá ocupa a segunda posição como uma das capitais com pior índice de saneamento básico do país
Jorge Júnior/Rede Amazônica
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