Saiba quem era Shayene Araújo, mulher de sargento da PM morta com tiro na cabeça em Maricá
18/09/2025
(Foto: Reprodução) Renato Guimarães e Shayene Araújo em 2023: "Eu queria que todo mundo tivesse a chance de ter um amor assim, igual ao nosso".
Redes Sociais
Shayene Araújo Alves dos Santos tinha 27 anos e era mãe de dois filhos, o mais novo com apenas 10 meses de idade, fruto do relacionamento com o sargento da PM Renato Cesar Guimarães Pina, de 42 anos. Eles moravam na cidade de Maricá, na Região Metropolitana do Rio.
O primeiro filho de Shayene, de 9 anos, fruto de outro relacionamento, estava em casa quando a mãe foi atingida com um tiro na cabeça, na manhã de terça-feira (16), segundo contou a irmã da vítima, Dayane Araújo. O marido foi preso em flagrante, suspeito de feminicídio.
Ao g1, Dayane disse ainda que Shayene foi convencida a se mudar para Maricá há cerca de dois meses. Até então, ela morava com o policial na casa da mãe, em Itaboraí. Shayene, nas redes sociais, demonstrava carinho por Renato. Em 2023, chegou a postar uma foto do casal, dizendo: "Eu queria que todo mundo tivesse a chance de ter um amor assim, igual ao nosso".
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Mas o que a família de Shayene passou a presenciar foi uma relação conturbada, com brigas frequentes, lembrou Dayane, afirmando ainda que o relacionamento já durava três anos. “Ele tirou a minha irmã de casa para matá-la”, afirmou.
Tiro na cabeça
Shayene foi baleada próximo à nuca e levada em estado grave ao Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara, em Maricá, pelo próprio companheiro. Ela sofreu uma parada cardíaca, mas morreu na unidade após tentativas de reanimação pela equipe médica, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
O corpo será enterrado nesta quinta-feira (18), no Cemitério Municipal São João Batista, em Itaboraí. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, que prendeu Renato em flagrante. Segundo a Polícia Civil, havia um histórico de agressões contra Shayene, que chegou a ser ameaçada com uma arma de fogo, como flagrado por câmeras de segurança.
O sargento foi transferido para a Unidade Prisional da PM, que também fica em Niterói. "O comando da Corporação repudia com veemência o ato do sargento e, tão logo a Corregedoria Geral esteja de posse do auto da prisão em flagrante expedido pela Polícia Civil, será aberto um Inquérito Policial Militar sobre o caso, que poderá resultar na sua exclusão", disse a corporação.
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